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Wagyu (kobe)
É destas vacas pretas, de aspeto franzino e ossudo, mais semelhantes às vacas leiteiras do que às tradicionais raças criadas para carne, que vem a carne kobe, cuja fama é proporcional ao preço, que é considerada como a melhor do mundo.
Tal deve-se essencialmente à quantidade de marmoreado ou gordura intramuscular que a raça produz, e que lhe confere sabor e uma tenrura e macieza diferente de toda a outra carne. Além disso, esta gordura intramuscular caracteriza-se por ser insaturada e muito rica em ómega-3 e ómega-6.
Sabia que
A raça japonesa wagyu é criada com uma dieta regada a cerveja, massagens e sessões de música?
Além da componente genética, o contexto em que se
cria o gado contribuiu para elevar a iguaria à escala de mito: é que à
falta de pasto, as vacas ficam confinadas a espaços exíguos, o que
obriga os criadores a massajá-las periodicamente para relaxar a sua
musculatura sedentária. O costume de acrescentar cerveja e saquê à dieta
de cereais dos animais também ajudou a criar uma aura especial em redor
desta carne.
Ainda assim, convém referir que deixam-se crescer
estas vacas o dobro de tempo que qualquer outra, sem receber qualquer
tipo de medicamentos ou hormonas para favorecer o crescimento. O
resultado: uma carne maravilhosa com abundantes pequenos veios de
gordura natural que faz crescer a água na boca de qualquer gourmet.
A ORIGEM
A palavra ‘Wagyu’ na língua japonesa significa literalmente ‘gado japonês’.
Durante mais de 200 anos, de 1635 até 1838, um
decreto imperial proibiu o consumo de qualquer tipo de carne de
quadrúpedes no Japão. Os bovinos eram criados apenas como animais de
trabalho e usados no cultivo de arroz. Com a Restauração Meiji, em 1868,
o governo autorizou a importação de alguns animais de raças europeias
como Simental, Pardo Suíço e Ayshire para o melhoramento do rebanho
japonês, já direcionado para a produção de carne.
Após anos de melhoramento genético e da qualidade
da carne, em 1944 o gado originalmente reconhecido como ‘Kobe beef’ era o
gado dos rebanhos da área de Kobe no Japão, e podiam ser de qualquer
das quatro raças do gado Wagyu: o Akaushi (vermelho japonês), o Kuroushi
(negro japonês), o Japanese Polled e o Shorthorn japonês. A variedade
Tajima, a mais importante, é uma estirpe do Negro Japonês, e existe na
região do mesmo nome e no passado os animais eram criados nos quintais
das próprias residências das pessoas.
Hoje são deles que se obtém as afamadas carnes das
marcas comerciais ‘Kobe’ e ‘Matsusaka’, consideradas as melhores e as
mais caras do mundo.
ZONA DE PRODUÇÃO
Originalmente, o gado wagyu só se criava no Japão,
principalmente na província de Kobe. Como tal, apenas a carne
proveniente dessa região se pode denominar como ‘boi Kobe’. Hoje em dia,
no entanto, a carne wagyu também é produzida na Austrália, no Canadá,
nos Estados Unidos, e também em Portugal, sendo um alimento
especialmente valorizado.
CARACTERÍSTICAS DA CARNE
Especialmente tenra e suculenta. Tem uma textura
marmoreada graças ao elevado teor de gordura intramuscular e contém
metade da gordura poli insaturada que contém qualquer outra carne de
vaca.
TIPOS DE CORTE
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